quarta-feira, 29 de maio de 2013

Eu queria.

Eu queria que você assumisse o risco. Se desprendesse desse relicário de amor esgotado. Que mirasse em mim com olhos de possibilidade. Que se dispusesse a entender o que não se entende, mas que nessa tentativa suas máscaras caíssem e eu conseguisse enxergar além do que você me permite. E ainda que eu não visse tudo, ao menos ultrapassaria seus escudos, te daria meu colo, guardaria suas armas, e te protegeria de você. Mas talvez todas essas coisas te exalem fraqueza. Talvez todas essas coisas sejam dribladas facilmente por ti. Embora não seja um jogo, acho que nunca tive uma chance. Fiquei na arquibancada vendo suas partidas... e você sempre parte. Mas não adianta mais o grito. Eu torço por você, eu torço por nós, ainda que agora em silêncio. Silêncio esquisito esse, porque aqui dentro, eco. Aqui tem duas importâncias: eu e você... e às vezes eu nem sei quem vem primeiro...quando olho pra ti e sinto uma vontade genuína de...te abraçar por todos os lados, te beijar por todos os póros, te ensinar a me amar de todo jeito...

quarta-feira, 15 de maio de 2013

rival


O pior foi quando eu percebi que o meu pior rival era aquilo que não existia.
Não era um ser com o qual eu pudesse lutar contra; alguém com quem eu pudesse imaturamente competir;
Era contra o que NÃO existia que eu lutava.
Era o avesso.
A única coisa a qual eu não tinha a menor possibilidade de vitória.
Era o que não se sentia.
Era isso. É isso.