Ela tem uma graça ingênua e romântica...meio
Chaplin, que me emociona, me excita, me esvazia ... e depois me
preenche, com essa sensação de que absolutamente tudo fica possível,
quando do lado dela olho pra dentro de mim. E ela, sem saber, me
empresta seus exércitos, me torna mais feroz, mais digna de viver o peso
da lágrima ou do riso. E então eu vejo aquele tantão de vida quando ela
pega a xícara com café quente, leva-a
até a boca...com os olhos fechados para não entrar fumaça e, com a
delicadeza como a de alguém que carrega uma lágrima na mão, me oferta um
sorriso. Pronto. Fez-se o milagre diário. E todo dia peço, nas noites
que antecedem essas manhãs, que se caso ela não me der um sorriso no dia
seguinte, eu consiga emprestar o meu a ela.
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
kali
..e então ela viajou o mundo todo, encontrou
piratas e deuses, interrompeu lágrimas, embora tivesse motivos para
deixa-las cair. Sorriu um bocado, inventou sorrisos, alguns foram
sinceros. Viu a humanidade brindar com champagne à própria miséria. Viu
seus olhos em outros olhos e seu coração em outras mãos. Dispensou o
óbvio. Enterrou planos. Viveu o inusitado. Sobreviveu a tudo e veio
embora sem escudos, não precisava mais deles. Aprendeu a ser forte,
sabendo admitir suas fraquezas. E quando encontrá-la, não a interrogue
sobre seus amores, qual sua comida preferida ou quais lugares ela mais
gostou. Ela viajou o mundo todo e é constiuída muito mais por perguntas
do que respostas.
da dúvida
A dúvida é uma chatice que podemos ultrapassar, enquanto a certeza...uma chatice que nos limita.
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