sexta-feira, 11 de junho de 2010

então...tem-se o fim...

Ultimamente tenho ouvido historias de relacionamentos que findaram.
Será uma tendëncia do século XXI? : individualidade perpetuada, a solidäo amenizada por contatos virtuais, o ego massageado simplesmente com o comentário “gostei do seu perfil”, o estado civil alternado a cada 15 dias no profile solteiro/namorando...

Até as “sapinhas” que sempre foram vistas como casamenteiras ou, como eu prefiro apimentar pra não perder a piada: “Sapas Avatar”-vivem grudadas e conectadas!, até elas estão abrindo mão de namoricos para se jogarem no “Fanstastico Mundo de quem Beija mais na Boca”.

Diga-se de passagem que eu não vou perder o meu tempo apontando o meu MAGNIFICO dedo na cara de ninguém pra dizer se isso está certo ou errado, apenas observo, as conclusões são genuinamente subjetivas e a minha por enquanto é não concluir nada, apenas observo, sem julgar ou impor qualquer decreto, até porque o ser humano é carregado de fases e cada um com o seu cada qual.
Mas, o fim é sempre chato. As historias que me chegam são até parecidas, os lamentos se assemelham, as mirabolantes hipóteses do porquë que acabou.
Não parece, mas é simples assim: “é só o fim, já passou o que mais importava”(Cynthia Verri).
E o que mais importava não se atribui ao tempo que durou. Pode ser uma semana ou cinco anos, a dor é voraz, mas o que importa é que em determinado momento da vida nós nos conectamos com o outro(a). E, a partir do momento em que nossos olhares se cruzam, nossa saliva se mistura, nosso dia fica doidamente mais feliz porque ela mandou um torpedo às 5 da manhä “to pensando em você” e na mesma proporção o dia acaba quando ela não torpeia perguntando se a gripe melhorou, e quando o ciúme rompe teu ego, a angustia da ausência faz o domingo durar 45 horas e o Faustão consegue ficar um milhão de vezes mais irritante, e o sexo vira uma completude (e cria-se uma verdade universal de que ela e somente ela vai me satisfazer daquele jeito e o que vai ser de mim quando tudo acabar???) afff, lá vem o drama!...a gente já entra no balaio da paixão pensando em como será o fim. Quem será que vai entrar com a linda bunda e quem será a bruxa ordinária que vai meter o coturno???

Gentemmm, a vida é perda. Lidamos com perda todos os dias, a manha de hoje eu já perdi. Passou.

O fato de sabermos que aquela pessoa tão perfeitinha-única-cheirosa-limpinha, não vai ficar com a gente o resto da vida, não significa que teremos relacionamentos superficiais ou nos suicidarmos cada vez que uma historia finda.

Viva e se entregue. Dure o que durar.

E quando acabar, provavelmente você vai enfrentar um vazio momentâneo (se durar mais de 24 hrs procure um terapeuta), sua rotina vai ficar que nem programa da Sonia Abraão, totalmente inútil-sem-graça-com-conselhos-idiotas, mas ainda assim te digo: Se joga! Depois a gente vë o que faz, se bater uma dor insuportável, chore, tome um porre, pare de olhar o desespero pela fechadura, meta o pé e se desespere se necessário.
A dor tem a sua funcionalidade, ela nos dá o direito de irmos em busca de nós. A revolta concomitante nos tira um pouco dessa categoria chaterrima de seres “normais”, é o nosso passaporte para o grito, o descobrimento, porque todo fim é sempre uma semente... e atrás dele vem todo um novo começo!

Carpe diem, my dear, porque eu to mandando.







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