segunda-feira, 27 de setembro de 2010

da falta

Nao sei se é mera ilusão, ou um pouco de explicação para amenizar o que nao se explica, mas acho que te alcancei tanto que acabei te ultrapassando.
Vi tuas amarras, dispensei as minhas, mas tambem tenho medo.
TEnho medo do que me prende a voce tanto quanto do que nos separa.
Mas nao existe fuga. O controle que resta é nada comparado as sobras da tua falta.
Nao sei mais onde colocar tuas ausências, elas transbordam, nao cabem mais.
não sei mais onde eu estou nesse labirinto, nao sei voltar, nao sei chegar, nao sei...
Eu nao sei mais chegar perto de você sem me ver ao teu lado.
Eu nao sei mais perambular dentro de mim tateando alguma expectativa, mas o desapego é tão dificil quanto a volta.
eu nao sei mais absolutamente nada.
nunca soube. só senti, como sinto.
sinto muito, mas nao consigo me entregar entre aspas.
fui intensa, de encontro a todas as nossas gigantescas diferenças e descobri o prazer pulsante do avesso, da falta de respostas e pressupostos.
só que nossos passos nos levaram ao impasse.
Voce me disse adeus, mas por que teus olhos enterravam toda a palavra?
Nos perdemos.
mas perda também é caminho...
fugir é prisão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário